sábado, 18 de junho de 2011

A virgindade artificial de Bernarda, um caso de incesto e sodomia na antiga Nova Trento (Flores da Cunha)


A Virgindade Artificial de Bernarda
 
Os pais de Bernarda, Nanni e Giuseppa, eram mantuanos e viviam no interior deste município (Nova TrentoFlores da Cunha). Eles estavam muito preocupados com o casamento da filha, com o Dôndolo, por saberem que ela já não era mais virgem. Mesmo sabendo que o genro não era muito esperto, os pais temiam que o noivo descobrisse, na noite de núpcias, que o ‘caminho’ já havia sido aberto por outro homem.

O Giusfin, irmão mais novo de Bernarda, apesar de ter só 14 anos de idade, já sabia do estado em que se encontrava a irmã. Sabia, também, que há muito tempo ela transava com os namorados que tivera, inclusive com o primo Luison. Ele os havia encontrado diversas vezes a transar no paiol, fazendo de cama o pasto lá depositado.

Como o dia do casamento se aproximava, Nanni e Giuseppa pediram um parecer ao farmacêutico da vila, sobre o caso de Bernarda, e este lhe receitou um líquido estringente. Passado antes de deitar, o produto ocasionava um estreitamento vaginal quase que total, na noiva. Quanto à encenação restante, o compromisso correria por conta dela.

O Giusfin nada sabia sobre a receita do líquido estringente, que a irmã iria usar na noite do casamento, e nem da encenação que a mesma faria na ‘hora H’.

Apesar das providências tomadas e das devidas instruções passadas para a filha, mesmo assim Nanni e Giuseppa ficaram preocupados, com medo de que algo pudesse transparecer. Por isso, na noite de núpcias, após o banquete, quando os noivos se recolheram ao quarto – muito ansiosos –, mandaram o Giusfin ficar de ouvido ‘colado’ na parede. Ele dormia no quarto ao lado e, através da divisória de madeira – simples –, deveria ouvir tudo o que os noivos dissessem e, em seguida, transmitir aos pais.

Depois que os noivos deitaram, Bernarda disse ao Dóndolo, no dialeto mantuano:

– “Adés ad dágui na róba, que no gó mái dat a nessún!” (Agora te dou uma coisa que nunca dei a ninguém!)

Sabedor das transas da irmã com muitos outros indivíduos e, especialmente, com o Luison, Giusfin ficou surpreso com o que ela disse ao Dóndolo. Entretanto, ao ouvi-la gemer e se lamentar – não sabendo da trama combinada –, imaginou coisa pior e correu para o quarto dos pais transmitir sua preocupação. Ao chegar, em dialeto mantuano, disse:

– “La Bernarda lé drío dárag al de drê a Dóndolo, parquê lás lamenta tant que fá fin pecá!” (A Bernarda está dando o traseiro ao Dóndolo, porque ela se queixa tanto que dá até pena!)



Lembranças de Claudino Antonio Boscatto, publicadas em 1994 pelo Jornal O Florense. Transcrito pelo História Caxias.



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quarta-feira, 1 de junho de 2011

O hilariante caso da caneta de ouro e o c... rachado

Numa reunião de prefeitos da região nordeste do Estado, realizada em Porto Alegre, com a presença do então Interventor, General José Antônio Flores da Cunha (1930-1937), aconteceu um caso hilariante

Após a reunião, tendo sido lida a ata do evento, o Interventor assinou-a primeiro e depois cedeu sua caneta – de ouro! – para os demais assinarem.

Depois disto, eles ficaram no recinto trocando ideias sobre suas administrações e conversando outras coisas. Neste ínterim, a mencionada caneta caiu no chão e foi encontrada pelo então prefeito de Flores da Cunha, Sr. Heitor Curra, na presença do prefeito de Caxias do Sul [Sr. Dante Marcucci]. Quando o Interventor se deu conta de que não estava com sua caneta, gritou preocupado: 

“ – Perdi minha caneta de ouro!”

O prefeito de Caxias, que sabia onde ela estava, avisou prontamente:
 “ – Não se preocupe, excelência, o CURRA ACHOU!”.

Em forma de brincadeira, o Interventor disse:
“ – Não devias tê-la botado lá, sabendo que poderia rachar.”

O General Flores da Cunha, apesar de muito sisudo, tinha seus dias de bom humor e aquele era um deles. Aproveitando-se repentinamente do trocadilho, formulou uma frase um tanto pornográfica, que ficou na história.


Memórias de Antonio Claudino Boscatto (1994). Transcrito pelo História Caxias.


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